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PRÉ OPERATÓRIAS PARA OTOPLASTIA

  

Orelha em abano é um defeito congênito, de característica familiar, geralmente bilateral, cujas alterações consistem em um aumento do ângulo (abertura da orelha) em relação à cabeça e alterações nos relevos e contorno da orelha. A cirurgia se propõe a modelar a cartilagem auricular sem alterarr o tamanho das orelhas. No entanto, se o tamanho for exagerado, este também pode ser diminuído.

QUANDO OPERAR

A idade ideal para a correção deste tipo de alteração é a pré-escolar, ou seja, dos cinco aos sete anos de idade. Isto porque nesta idade as orelhas já estão totalmente formadas e no tamanho de adulto e também para evitar problemas de ordem psicológica em função de comentários e zombarias por parte dos colegas. Todavia, nada impede que tal correção seja feita em outras fases posteriores da vida.

SIMETRIA E ASSIMETRIA

É extremamente importante ressaltar que a assimetria das orelhas é muito frequente, podendo ser decorrente de alterações desde o início do seu crescimento. Assim, podemos dizer que a simetria das orelhas nem sempre pode ser alcançada pelo cirurgião, apesar de termos este objetivo. Se a própria natureza não as deixou idênticas, pode-se imaginar que este objetivo não é tão simples de ser alcançado.

CICATRIZES

As cicatrizes da otoplastia situam-se muito bem camufladas, atrás do pavilhão auricular. A sua forma, o seu tamanho e a sua posição irão variar de acordo com a técnica empregada e as alterações a serem corrigidas. As cicatrizes deste tipo de cirurgia são imperceptíveis em razão de se localizarem atrás das orelhas. Sendo uma região de pele muito fina, a tendência da cicatriz é ficar de bom padrão. Como toda cirurgia, as particularidades existem e também as maneiras específicas de tratá-las. Em situações especiais incisões anteriores nas orelhas (futuras cicatrizes) poderão ser necessárias para cuidar destas peculiaridades. Independente do tipo de técnica escolhida, o comportamento de cada cicatriz é IMPREVISÍVEL. Isto porque cada organismo reage de uma forma diferente, mesmo se já possui um histórico de “boa cicatrizacão”. Portanto, alterações como quelóides, hipertrofia, alargamento, depressão, retração, escurecimento, clareamento, etc., podem ocorrer independente de já conter uma cicatriz “boa”. Este comportamento imprevisível cicatricial se deve, na maioria das vezes, a fatores relacionados com a predisposição genética do indivíduo.

A CIRURGIA

Esta cirurgia pode ser realizada sob anestesia local e sedação ou geral a critério do cirurgião, anestesista e do cliente. Quando a criança é de baixa idade e se apresenta muito agitada ou ansiosa com a cirurgia, recomendamos a anestesia geral para conseguirmos a devida imobilização do(a) paciente. Neste aspecto é muito importante que a criança esteja motivada para a cirurgia e realmente desejando as melhoras propostas pois assim ela participa e colabora bastante com o procedimento, até permitindo a cirurgia com anestesia local. A duração do procedimento é de aproximadamente duas horas e devemos lembrar que o tempo de bloco cirúrgico é maior devido à preparação e à recuperação pós anestésica.

INTERCORRÊNCIAS

As intercorrências são situações que surgem no período pós-operatório e podem interferir no resultado. São exemplos: equimoses (manchas roxas na pele), edema (inchaço), pequenos hematomas que podem drenar espontaneamente ou necessitar drenagem cirúrgica, eliminação de pontos internos (por volta de 3 semanas), deiscência de pontos (abertura do corte), etc. Outras intercorrências indesejáveis e mais complexas, que felizmente são raras : infecção, grande deiscência de pontos, necrose parcial ou total da pele das orelhas, grandes hematomas que precisam ser drenados e as intercorrências pertinentes a qualquer procedimento cirúrgico. Nestas eventualidades é fundamental manter a calma e tirar suas dúvidas com seu médico que cuidará atentamente do seu caso. A recidiva da orelha em abano é uma condição pouco comum que pode ocorrer, dependendo da técnica operatória empregada e dos cuidados pós operatórios seguidos pelo cliente.

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